quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Você vai saber de mim

Ser ator ou atriz, como diz o clichê, é um caminho de sangue, suor e lágrimas. Para começar a construir qualquer esboço de personagem, é preciso, primeiramente, aprender a se conhecer de forma ampla e irrestrita; aprofundar cada investida da retroescavadeira mental e permitir a entrada de si mesmo cada vez mais fundo.

Durante esse processo de autoconhecimento, regado de aprendizado, incerteza, frustração, erros e acertos, é preciso contar, sem dúvida, com pilares que sustentem e estimulem a exploração de cada aluno. No caso do Formação de Atores da Casa de Teatro de Porto Alegre, tal alicerce é formado pelo quarteto de professores: Zé Adão Barbosa, Graça Nunes, Carlota Albuquerque e Marcelo Delacroix. Numa sequência que ilustra brevemente o papel de cada um, podemos descrever a busca pela ação interna, a posição exata em cena, o corpo consciente e a voz projetada. Essa simplificação do fazer, técnicas que se somam para os resultados, passam despercebidas pelo grande público, mas constituem tarefa árdua para o aluno em formação, além de determinante para seu futuro profissional.

É preciso apurar todos os sentidos para ir além do cotidiano. Em uníssono com os 24 alunos, os professores buscaram durante o ano o clímax em cada exercício e avaliação. Agora, com a montagem do Mambembe, não é diferente: ensaio, ensaio, ensaio. A professora Carlota Albuquerque trouxe durante o ano a premissa de que "o bom é melhor que o ótimo", de forma que cada um respeitasse seu limite ao tentar transpô-lo. Assim, com a reta final para a apresentação do espetáculo, todos os envolvidos na feitura esperam nada menos que ótimo para estrear fazendo barulho ao melhor estilo mambembeiro.

O público vai poder conferir o Mambembe nos dias 10, 11, 12, 17, 18, 19, 24, 25 e 26 de janeiro, no palco do Museu do Trabalho (ou, quem sabe, "na praça, no circo, num banco de jardim").

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